A FreteBras, maior plataforma online de transporte de cargas da América do Sul, acaba de lançar a 5ª edição do “Relatório FreteBras – O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil”, com base na análise de 2,5 milhões de fretes durante o terceiro trimestre de 2021. De acordo com o estudo, os fretes do agronegócio aumentaram 37,4% no período, em comparação com os mesmos meses do ano passado, o que demonstra que o agronegócio está cada vez mais digitalizado, também, no que diz respeito às movimentações internas e externas dos grãos.
O agronegócio representou 39,7% das cargas registradas na plataforma da FreteBras no terceiro trimestre de 2021 e cerca de R$ 7,8 bilhões foram distribuídos em fretes para atender o setor. Os estados que concentraram a maior parte dos fretes do segmento foram São Paulo (15%), Rio Grande do Sul (13,6%), Paraná (12,8%) e Minas Gerais (12,4%). Os produtos mais transportados foram fertilizantes (36,7%), milho (11,6%) e soja (6,7%). Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o aumento no volume de fretes foi de 46,7%.
“O volume de fretes acompanhou o crescimento do agronegócio, que, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), terá acréscimo na safra 2021/22 em comparação com a anterior. A previsão é de aumento de 3,6% na área cultivada e 14,2% na produção de grãos no ano que vem, em comparação com 2021. Para atender essa demanda por crescimento, o setor já começou a importar milhões de toneladas de fertilizantes e nós vemos o impacto desta movimentação na nossa plataforma”, declara Bruno Hacad, diretor de Operações da FreteBras.
Agro domina movimentação nos principais portos brasileiros
Durante o terceiro trimestre de 2021, o estudo da FreteBras revelou destaques da movimentação de fretes em três grandes portos brasileiros: Paranaguá-PR, Rio Grande-RS e Santos-SP.
O porto de Paranaguá foi um dos principais pontos de origem para importação de adubos e fertilizantes. O estudo revela que o volume dos fretes destes produtos, originados em Paranaguá, aumentaram 41,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Por outro lado, a soja registrou uma queda de 12,3% nas exportações por este local e o impacto foi sentido também no volume de fretes da oleaginosa com destino a Paranaguá. A redução foi de 24% no volume de fretes, em comparação com o terceiro trimestre de 2020, na plataforma da FreteBras.
No porto de Rio Grande, os produtos mais importados também foram adubos e fertilizantes, e o reflexo foi registrado também no volume de fretes deste tipo de produto, que teve aumento de 88,9% no período. O estado do Rio Grande do Sul se consolidou como um dos maiores produtores de soja do país, o que pôde ser observado nas exportações do grão pelo porto gaúcho, que registrou aumento de 85% em comparação com o terceiro trimestre de 2020. Na FreteBras, os fretes de soja com destino ao porto de Rio Grande tiveram aumento expressivo de 139% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Já no porto de Santos, os fretes de adubos e fertilizantes, segundo produto mais importado no local, aumentaram 165,2% no terceiro trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado, justamente para atender a expectativa de aumento na produção agrícola da safra 2021/22. Os fretes de soja e açúcar com destino à baixada santista, para exportação, também tiveram destaque, com aumento de 55,7% e 94,5%, respectivamente, no período.
Crescimento puxado pela digitalização
O volume de fretes rodoviários no Brasil aumentou 35% entre julho e setembro deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado. O crescimento foi impulsionado pela confiança das transportadoras na digitalização dos fretes, que tem ajudado as empresas a reduzirem os custos do transporte em até 23%, atacando novos mercados e conseguindo mais agilidade nos processos.
“As empresas foram obrigadas a se reinventarem e encontraram nas soluções digitais, como a nossa plataforma, uma maneira de controlar os gastos, atender novos mercados e localidades, sem perder na qualidade da entrega, além de economizar tempo. Micro e pequenas empresas conseguiram contratar mais fretes por terem se adaptado melhor às necessidades do mercado, em função de seu tamanho e menor investimento em ativos imobilizados, como frotas próprias. Isso contribuiu para que elas tivessem um aumento de 200% nesse período. Este cenário impactou diretamente nos resultados do nosso relatório”, acredita Hacad.
Segundo a pesquisa, o terceiro trimestre de 2021 foi marcado por uma intensa batalha de recuperação econômica, já que a inflação ficou perto dos dois dígitos, além da taxa de juros em plena escalada, redução da renda da população, alta do dólar e dificuldade de acesso ao crédito.
“Apesar do cenário de incertezas e desafio econômico, vemos que o mercado de fretes rodoviários segue crescendo. O Brasil é extremamente dependente do modal rodoviário, por esse motivo, vemos um aumento a cada trimestre à medida que o País vai encontrando formas de se recuperar economicamente”, destaca o diretor de Operações da FreteBras, Bruno Hacad.
As regiões Sul e Sudeste puxaram o crescimento
No Sul, o aumento no volume de fretes foi de 27%, enquanto no Sudeste, o volume subiu 10%. Isso ocorreu devido ao grande número de fretes cadastrados nestas regiões, demonstrando a representatividade que ambas têm no total de carregamentos registrados na plataforma.
Metodologia
Os dados que compõem a 5ª edição do “Relatório FreteBras — O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil” têm base no fluxo de dados da FreteBras. Com mais de 630 mil caminhoneiros cadastrados e 16 mil empresas assinantes, os fretes publicados na plataforma cobrem 95% do território nacional.
Baixar relatório em: https://pagina.fretebras.com.br/relatorio-fretebras-5-edicao-dezembro2021