A Petrobras aguarda a nova regulamentação do óleo diesel verde para avançar na produção do combustível de fontes renováveis, menos poluentes, segundo o diretor de Refino e Gás Natural da empresa, Rodrigo Costa Lima e Silva, que participou há pouco do evento virtual Brazil Gas Summit.
Ele ressaltou também a intenção da empresa de se posicionar entre as mais eficientes do mundo, o que vai requerer, entre outras iniciativas, a digitalização das operações, inclusive das refinarias.
PLANO ESTRATÉGICO
Em sua palestra, o executivo detalhou o plano estratégico da empresa para os próximos cinco anos, que prevê o investimento total de US$ 2,8 bilhões no fortalecimento dos negócios de baixo carbono. O orçamento estimado para o segmento e produção do combustível de fontes renováveis é de US$ 600 milhões até 2026.
Entre as inovações previstas está a preparação das refinarias Replan e RPBC, ambas em São Paulo, para coprocessar óleo de soja refinado e diesel e, assim, extrair um diesel com conteúdo renovável de 5% a 7%. Além disso, a empresa pretende ter uma planta dedicada para produzir diesel renovável e Bioqav, combustível de aviação.
EXPECTATIVA
Petrobras aguarda a nova regulamentação com a expectativa de que o governo reconheça o seu diesel renovável nos mandatos de adição obrigatória ao diesel fóssil. Atualmente, esse reconhecimento é restrito aos produtores de biocombustíveis, de fonte agrícola.
“Nossa estratégia é transformar o portfólio da Petrobras para integrar o refino aos ativos de exploração e produção de maior valor agregado e, assim, posicionar as refinarias da empresa entre as mais eficientes do mundo”, acrescentou o diretor, em sua palestra.