O novo aumento do diesel nesta semana poderá ocasionar uma grande greve dos caminhoneiros? A resposta para esta pergunta ainda não foi revelada. De toda forma, membros do Palácio do Planalto mantém contato com líderes da categoria para tentar impedir que um movimento grevista aconteça nos próximos dias.
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de São Paulo, membros do governo querem manter um nível de aproximação com os trabalhadores. Entretanto, a avaliação dentro do Palácio do Planalto é de que não é possível manter a proximidade sem dar uma garantia de melhoria na situação para os caminhoneiros.
O Ministério da Economia discute a possibilidade de aplicar novas medidas, visando dar um alívio para os trabalhadores neste momento. Como estamos em ano de eleições, a avaliação entre os membros da pasta, é de que qualquer medida precisa ser apresentada o quanto antes, para evitar qualquer problema com as leis eleitorais.
Uma das possibilidades analisadas pelo Governo é corrigir a tabela do frete com mais frequência. Hoje, as correções ocorrem sempre a cada seis meses. Outra ideia que está em discussão é reduzir a burocracia de alguns pontos como o registro na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e diminuir os custos no emplacamento de caminhões.
Nenhuma das práticas citadas estão oficializadas de fato. O Governo ainda não confirma nenhuma mudança e lembra que todos os pontos ainda estão em fase de discussão. De toda forma, informações de bastidores apontam que o Planalto quer dar uma resposta para os caminhoneiros ainda neste mês de maio.
Aumento do diesel
Na última segunda-feira (9), a Petrobras anunciou mais uma elevação no preço médio do litro do diesel. O valor subiu de R$ 4,51 para R$ 4,91. Um aumento de 8,87%. As alterações começaram a valer desde a última terça-feira (10).
A Petrobras anunciou que o diesel não sofria nenhum tipo de reajuste nos valores há mais de dois meses. O último teria acontecido ainda no dia 11 de março deste ano. Na ocasião, a estatal disse que se tratava apenas de uma “elevação observada nos preços de mercado”.
Nesta quarta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu demitir o Ministro das Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque, justamente devido ao novo aumento do diesel. O novo chefe da pasta é Adolfo Sachsida, que ocupava o cargo de chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia.
Greve dos caminhoneiros
A última grande paralisação dos caminhoneiros no Brasil aconteceu ainda em 2018, quando o país ainda era governado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). Na ocasião, a crise também começou devido aos aumentos no preço do diesel.
Em 2018, a greve durou pouco menos de 10 dias, começando em 21 de maio e terminando oficialmente no dia 30 do mesmo mês. O período, que parece curto à primeira vista, foi suficiente para travar a economia do país por vários meses.
Desde então, novos aumentos no preço do diesel seguiram ocorrendo, e alguns caminhoneiros tentaram repetir o movimento. No entanto, nenhuma movimentação conseguiu reeditar o tamanho da paralisação nacional de 2018. O Governo Federal espera que continue assim.
Fonte: https://noticiasconcursos.com.br/greve-dos-caminhoneiros-governo-contata-motoristas-para-impedir-paralisacao/