Segundo a polícia, os criminosos levam principalmente soja, que depois é vendida para intermediários. Em alguns casos, as ações são violentas
Dezenas de pessoas aliciadas pelos chefes do esquema invadem os vagões e roubam mercadorias, especialmente soja, que depois é revendida. Ataques muitas vezes são violentos. Reportagem especial do Fantástico mostra flagrantes deste crime.
Trens que transportam toneladas de cargas estão sendo saqueados a caminho do Porto de Santos – o maior do Brasil. Dezenas de pessoas aliciadas pelos chefes do esquema invadem os vagões e roubam mercadorias, especialmente soja, que depois é revendida. A reportagem especial do Fantástico revela flagrantes deste crime.
Você vai ver no vídeo acima:
- As investigações começaram depois de uma denúncia feita pela empresa Rumo, a maior das concessionárias do serviço público de trens de carga.
- Segundo a Rumo, apenas 0,16% da malha ferroviária administrada por ela fica na Baixada Santista. Mas foi na Baixada que ocorreram 45% dos ataques aos trens da empresa em janeiro.
- Os ataques muitas vezes são violentos e ameaçam a vida de quem trabalha nas ferrovias.
- A quadrilha se organiza como uma cadeia alimentar, com o núcleo que atua diretamente na subtração da carga, pessoas envolvidas no armazenamento dessa carga e núcleo dos receptadores que camuflam a carga como se fosse ela fosse legítima, para fazer a comercialização.
- Nem todo ataque é com o trem em movimento. Na maioria das vezes, os bandidos interrompem o transporte.
- Com o trem parado, uma multidão de moradores aliciados pela quadrilha nas comunidades surge com sacos de ráfia e começa a enchê-los de soja.
- Os investigadores tentam isolar os casos de furto famélico, quando a pessoa rouba por necessidade.
- Duas das empresas flagradas nas imagens pertencem a João Estanislau, conhecido como “rei da soja.” Segundo as investigações, ele é o cabeça do esquema que atinge mais do que as empresas de transporte ferroviário.