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Ataques cibernéticos: uma janela para roubo de cargas

roubo de carga, estatísticas,acidentes de trânsito

Ataques cibernéticos: uma janela para roubo de cargas

roubo de carga, estatísticas,acidentes de trânsito

Autor: Ricardo Giovenardi, MBA, MBCI

Security & Crisis Management

     Os últimos ataques cibernéticos trouxe a tona o quanto ainda estamos cada vez mais dependentes da tecnologia e paralelamente o quanto estamos vulneráveis.

 Com muita atenção, analisei todos os textos e artigos dos especialistas em Segurança da Informação, (textos muito bons e realistas – do jeito que eu gosto, sem frescuras). Agora, será que todos ainda estão atentos e prestando atenção no que eles estão tentado dizer? Infelizmente, acredito que ainda não!

 Muitas empresas que fornecem, (ou deveriam), fornecer segurança estão tão expostas quanto uma empresa que nunca pensou em proteção.

 Alguém parou para pensar que, um ataque como ocorrido no dia 27 de junho pode abrir uma grande janela de vulnerabilidade para roubos de cargas e residências naquele momento?

 Imagine um caminhão carregado com mercadorias valiosas e, durante o ataque, seu centro de monitoramento não consegue rastrear, falar ou enviar qualquer tipo de mensagem para os operadores do caminhão ou da escolta armada. Imagine o seu condomínio sem controles de câmeras e controles de acesso. Talvez muitas empresas não tenham pensado nisso, até mesmo porque não deve ter acontecido nenhum incidente – pelo menos não dessa vez! E quando acontecer?? Como você, Gerente de Segurança irá se reportar ao seu executivo? A culpa é do seu fornecedor? NÃO A CULPA É DE VOCÊS DOIS!

Um operador logístico que, depende de uma empresa de monitoramento do seu centro logístico e da escolta monitorada dos seus caminhões pode ter uma janela de vulnerabilidade suficiente para um roubo milionário. Não é de hoje que, bandidos estão cada vez mais preparados com recursos tecnológicos para bloquear um rastreador, um sinal de celular ou um sistema inteiro de câmeras. Você contrata uma empresa, com uma certeza de que, esse serviço será prestado e que, sua empresa ou produto esta protegido por uma estrutura robusta, mas quando ocorre um ataque global como esse, você escuta uma resposta que, “O MUNDO TODO SOFREU, POR QUE VOCÊ NÃO SOFRERIA COM ISSO TAMBEM???”

 Não é bem por ai!!

Quando você transfere o risco, ou a responsabilidade de uma atividade, você acredita que, o novo responsável por essa atividade, deverá estar pronto para qualquer eventualidade, e não apenas com “notas à imprensa e aos clientes” – isso não é gestão de crises, isso chama-se comunicação!

Com certeza, na RFP, (Request for Proposal – ou Solicitação de Proposta), você preocupou-se com o item CONTINGÊNCIAS. Mas você de fato foi investigar se as contingências ou os planos de resposta ao incidente são suficientes?

Os ataques deste ano, acendem uma luz vermelha para todos nós… não podemos pensar que o pior já passou! Tenho a mais absoluta certeza de que ataques muito maiores acontecerão – a questão não é SE irão acontecer, mas sim QUANDO irão acontecer!

Vejo como uma grande oportunidade de clientes e fornecedores unirem forças e seus planos de respostas – realizarem testes conjuntos e, auditar um ao outro, não com a intenção de colocar o dedo no nariz um do outro ou, usar como simples argumento de barganha de preço – precisamos unir forças para que, QUANDO acontecer, todos estejam preparados para não deixar o mau triunfar! Roubos, quebras e desvios contribui apenas para o fechamento de empresas e de postos de trabalho – tanto para o cliente como para o fornecedor.

E para fechar… Analisar, planejar, elaborar, treinar, testar e começar tudo novamente não irá fazer mal a ninguém!

#Staysafealways

Ricardo Giovenardi é especialista em Inteligência Competitiva, Estratégica & Antiterrorismo pelo IMI Academy for Advanced Security & Antiterror Training em Israel , Gerenciamento de Crises para Grandes Eventos – no The Advanced Law Enforcement Rapid Response Training (ALERRT) e SWAT de Miami DADE. Instrutor de armamento e tiro credenciado pela Policia Federal do Brasil, formado em Processamento de Dados, MBA em Gestão de Tecnologia da Informação e Internet e Pós-graduação em Gerenciamento de Crise – Emergência e Desastre. Certificado pelo BCI – Business Continuity Institute. Atuou em projetos de segurança e gerenciamento de crises em empresas de diversos segmento no Brasil e exterior. Foi responsável pela elaboração das estratégias de contingência e gerenciamento de crises para um grande patrocinador da COPA DO MUNDO FIFA BRASIL 2014. Palestrante no curso de Inteligência Estratégica na ADESG Campinas – disciplina de Gerenciamento de Crises e Continuidade de Negócios, professor universitário e autor do livro Gerenciamento de Crises Corporativas.